O genuíno e autêntico sabor da floresta Considerada uma das mais criativas do Brasil, a gastronomia paraense mistura a cultura indígena com influências portuguesas e africanas. Uma grande variedade de raízes, folhas, ervas, peixes e aves da região caracterizam essa culinária tão rica e diversificada.
As folhas da planta maniva (mandioca) se transformam numa das mais exóticas iguarias da culinária paraense: a maniçoba. São 7 dias de preparo, seguido-se as etapas: cozimento das folhas (4 dias), incorporação das carnes de charque, chouriço, paio, pé de porco, toucinho, costela (1 dia) e, novamente, mais dois dias de cozimento de todos os ingredientes. Depois é só servir com arroz branco e farinha d’água e molho de pimenta-de-cheiro.
O tucupi pode ser considerado o coringa da culinária paraense. Caldo amarelo, produzido a partir da fermentação da mandioca, raiz da maniva, é servido com os mais variados tipos de carnes. Mas é com o pato que o tucupi ganha sabor extraordinário e status de carro-chefe da culinária paraense.
A iguaria é uma espécie de sopa, feita com tucupi, goma, jambú (erva que provoca tremor nos lábios e língua) e camarão seco. O tucupi deve ser cozido e temperado com alho, sal e chicória. Após o preparo, o tacacá deve ser servido em cuias decoradas.
No preparo usa-se postas do peixe “filhote” que, apesar do nome, pode pesar até 60 quilos. O filhote é encontrado nos grandes rios da Amazônia e muito apreciado por possuir carne branca e macia. Além do peixe, são acrescentados os ingredientes como cebola, tomates, pimentões, alho, batatas e ovos cozidos. Acompanha o prato um pirão de farinha, arroz branco e pimenta-de-cheiro. Sirva em uma panela de barro.
Maior peixe de água doce da Amazônia, o pirarucu é muito apreciado pela qualidade de sua carne. Após o dessalgue do peixe é preciso cortá-lo em postas e numa panela prepare o refogado com alho, cebola, pimentão, coentro e tomate. Acrescente o leite de coco e deixe cozinhar até o ponto ideal
Retire a carne do caranguejo cozido em água e sal, refogue com azeite, cheiro verde, cebola, tomate, limão e pimenta-de-cheiro. Coloque dentro do casco do caranguejo e cubra com farofa de farinha d’água. Sirva como entrada.
Simples como a vida do vaqueiro do Marajó, a receita é feita com a carne de búfalo. Numa panela coloque a carne cortada em cubos e frite-a na própria gordura do animal, acrescente sal e espere cozinhar até ficar dourada. Mexa a carne para não queimar e sirva com farinha d’água.